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HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE NOVA PRATA

Inicialmente o território de Nova Prata era parte integrante do município de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis.

Situado na Microregião Colonial do Alto Taquari, localizado na Encosta Superior do Nordeste, distante 186 km da capital de Porto Alegre, numa altitude de 820m, conserva suas características mais autênticas: as propriedades coloniais, o linguajar e os costumes herdados da imigração italiana principalmente, polonesa, alemã, portuguesa e outras em menor número.

Nova Prata limita-se ao:

* Norte: com Guabiju e André da Rocha

* Sul: com Vila Flores e Fagundes Varela

* Oeste: com Nova Bassano, Nova Araçá e Vista Alegre do Prata

* Leste: com Protásio Alves.

Com uma população estimada de 18.344 (IBGE/2000) habitantes, desde cedo a atividade agrícola se aliou ao extrativismo vegetal, consubstanciado na exploração de ervais e madeira, esta última tornou-se a principal atividade da região até a década de 60 aproximadamente. Hoje, seu relevo estrutural fortemente dissecado, as grandes jazidas de basalto da formação da Serra Geral caracterizam esta área. O município de Nova Prata possui administrativamente a sede e um distrito: Rio Branco, a 8 Km da sede.

1.1 – Primeiros Habitantes da Região de Nova Prata

A região territorial de Nova Prata era habitada por tribos de índios "COROADOS" que só por volta de 1850, mantiveram o primeiro contato com pessoas brancas civilizadas, descendentes de espanhóis e com eles iniciaram a negociar exclusivamente por meio de escambo. Inicialmente houve desentendimento e rusgas, nos quais perderam a vida vários índios e espanhóis.

Mais tarde, Silvério Antônio de Araújo, entrando em entendimento com os índios Coroados, traçou a estrada que deveria dar acesso a Porto Alegre.

O governo da Província do Rio Grande do Sul, informado disso, deu a Silvério Antônio de Araújo o direito de escolher terras e o mesmo não se fez de rogado, tornou-se proprietário de quase toda a área da atual sede de Nova Prata.

Em 1865, os índios Coroados venderam as suas terras a Fidel Diogo Filho, que as adquiriu por meio da simples troca por objetos de pouco valor econômico, mas que para os índios representavam muito.

Os Diogos tomaram conta das terras e iniciaram a construírão algumas casas. Decorrido algum tempo, os índios entraram em luta com os Diogos e os mataram, em seguida fugiram em direção ao Rio Carreiro afluente do Rio das Antas. Atualmente os descendentes dos índios Coroados acham-se nas reservas indígenas de Cacique Doble e Nonoai.

Em homenagem aos primeiros habitantes destas plagas, um dos hotéis, atualmente, existentes em Nova Prata é denominado de "HOTEL COROADOS".

1.2 - A Colonização

Por volta de 1865, apareceram os primeiros colonizadores de origem portuguesa, isto é, Joaquim Ribeiro e Manuel Joaquim da Silva, que construíram as suas casas e, com isso, formou-se um pequeno lugarejo, mas sem comércio. Logo em seguida, apareceram os Martins, os Moreiras e os Telles.

Em 1876, uma comissão de engenheiros chegou com a finalidade de traçar a estrada de Montenegro a Lagoa Vermelha, com isso teve início a imigração italiana, constituindo-se a descendência, a maioria da população.

A vida dos primeiros colonos foi árdua e difícil. Quase nada possuíam, além da grande força de vontade para o trabalho e o desejo de progredir aqui em nossa "Pátria".

O milho foi o primeiro produto a ser cultivado, que após ser triturado por monjolos era transformado na gostosa e tradicional "polenta".

Os poloneses chegaram aqui em Nova Prata, por volta de 1895, oriundos das escarpas do Vale do Rio das Antas e muitos deles vindos da Polônia, não para trabalhar na lavoura, mas para serem empregados como tecelões na fábrica de tecidos de lã aqui instalada: todavia, devido à completa carência de meios de transporte e a distância grandes centros, a mesma não teve êxito. As máquinas foram vendidas para o Lanifício São Pedro, em Galópolis, distrito de Caxias do Sul. Os poloneses que aqui vieram como tecelões, adquiriam pequenas glebas de terra, na Linha Sexta, distante seis quilômetros da sede do Município e transformaram-se em exímios agricultores e ótimos na extração do basalto.

1.3 - Etnias

Nova Prata, atualmente, com cerca de 20.000 habitantes, é constituída de descendentes dos seguintes povos imigrantes:

Italianos .......................................65%

Poloneses......................................10%

Alemães ....................................... 5%

Portugueses e outros ....................20%

Nova Prata, Município herdeiro diversificado, graças aos imigrantes italianos, poloneses, alemães, árabes, portugueses, africanos, e seus descendentes, apresentam potenciais muito fortes para evidenciar a sua identidade cultural.

Como se percebe, a presença dos descendentes italianos é marcante, por outro lado, a cultura local também reflete outras origens.

O colono italiano cultivou suas belas canções, seus costumes, o jogo da mora, da bocha e das cartas.

Essas tradições ainda são encontradas em Nova Prata na sua forma mais genuína e pura.

Descobrir e desenvolver as evidências dos perfis culturais de cada etnia sinalizará destaque e auto afirmação para o povo deste Município.

1.4 – Nomes e Emancipações

No início o atual Município foi denominado " Capoeiras". Esse nome é devido a um grande vendaval que no ano de 1850 arrasou os pinheirais existentes nas terras pertencentes à sede do Município, reduzindo esta mata de "araucária" num verdadeiro capoeiral. A grande riqueza das terras pratenses era justamente seu enorme lençol de pinheiros que cobria uma vasta extensão de aproximadamente 500 Km². A ganância pela riqueza atraiu madeireiros da capital e do interior do Estado, que instalando inúmeras serrarias transformaram o pinho em madeira aproveitada nas construções e indústrias, todavia, têm-se a ressaltar que o colonizador italiano, também dizimou muita araucária, através do fogo, a fim de dar lugar às plantações de milho, trigo e parreira. Na depressão ou vale de forma circular nasceria o povoado; hoje a bela Capital Nacional do Basalto.

Com o crescimento rápido de Capoeiras sua população começou a esperar com intensidade a sua emancipação política que ocorreu em 11 de agosto de 1924 pelo Decreto número 3.351, com o nome de "PRATA".

Esse nome foi dado devido a existência do rio que atravessa o Município, isto é, o Rio da Prata. Todavia, como a priori havia no Estado de Minas Gerais, o Município de "Prata", o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, resolveu denominar o nosso Município de "NOVA PRATA".

Em 24 de Agosto de 1932 foram anexadas ao Município, os distritos de: Paraí, Nova Araçá e Protásio Alves desmembrados do Município de Lagoa Vermelha que estiveram politicamente separados, mas sempre unidos pelas suas origens étnicas, culturais e históricas.

Em 1948, são criados os distritos de Guabiju e São Jorge desmembrados do distrito de Paraí.

Mais tarde, em 11 de agosto de 1961, foi criado novo distrito, Rio Branco.

Uma vez, efetivadas todas as anexações e constituídos os novos distritos, o Município de Nova Prata com área de 1.322 Km² ficou administrativamente com os seguintes distritos:

1 - Nova Prata – Sede do Município

2 - Nova Bassano

3 - Vista Alegre

4 – Paraí

5 – Nova Araçá

6 – Protásio Alves

7 – São Jorge

8 - Guabiju

9 – Rio Branco

Era o grande "Prata", na denominação da historiadora Zaira Galeazzi.

A situação do grande Prata, com seus 1.322 km² não durou muito tempo. De 1964 a 1965, três de seus distritos conquistaram autonomia, formando novos Municípios, Nova Bassano, Nova Araçá e Paraí, ficando reduzido seu território para 875 km².

Em 20 de setembro de 1987, mais dois distritos foram às urnas e num plebiscito São Jorge e Guabiju emanciparam-se, em 10 de abril de 1988, mais dois distritos, Vista Alegre e Protásio Alves.

Constituíram-se em municípios autônomos:

- Nova Bassano em 23/05/1964, pela Lei Estadual nº 4.730;

- Nova Araça em 22/12/1964. Pela Lei Estadual nº 4.730;

- Paraí em 09/07/l965, pela Lei Estadual nº 4.977;

- São Jorge e Guabiju em 20 de setembro de 1987

- Vista Alegre e Protásio Alves em 10 de Abril de 1988